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sábado, 19 de fevereiro de 2011

Dicionário Umbandista F-Z


FAZER A PASSAGEM = desencarnar.
FILÁ = originalmente feito de palha-da-costa, é o que recobre a cabeça de Omulu, de onde saem franjas que ocultam seu rosto. Atualmente, usa-se o termo para designar uma espécie de gorro ou lenço que o médium usa como proteção para seu ori.
FUNDANGA (ou TUIA, na linguagem dos caboclos) = pólvora quando usada para fazer descarrego. Por extensão, também se chama de fundanga o ritual em que a pólvora é queimada num círculo de fogo.  A pólvora funciona como um acelerador de partículas, libera gases e corta os cordões fluídicos negativos, afastando das pessoas que estão dentro do círculo os elementos negativos e as larvas astrais que se desintegram na corrente elétrica criada. Por ser um elemento magístico poderoso, só pode ser utilizada por entidades que tenham a permissão para fazê-lo.
GAIOLA = apartamento; viver em gaiola significa morar num prédio de apartamentos. 
GANGA = "nganga" é palavra de origem Kimbundo que significa mágico, feiticeiro ou vidente. Para os angola-congolenses é o chefe supremo, o Tata. O nome Ganga também denomina os chefes dos antigos terreiros cabindas. 
GARRAFADA = mezinha (remédio caseiro) preparada pelos guias. Consiste em colocar ervas maceradas, raízes ou pedaços de cascas de plantas em garrafa (em geral de vinho branco licoroso) para que fique descansando por um certo tempo e depois seja ingerida pelo doente para a cura de determinados males. Às vezes os guias recomendam que a garrafada seja enterrada por alguns dias antes de ser consumida. Quando para uso externo, a poção pode ser feita em álcool de cereal.
HORA GRANDE = meia-noite; em oposição, costuma-se chamar de HORA PEQUENA ao meio-dia. 
HOMEM DE BRANCO = médico, enfermeiro, pessoas ligadas à área da saúde.
IBI = lugar, chão, terra; por extensão de sentido pode ser usado como sepultura.
IBI = senhor do destino, da advinhação, divindade que rege sobre qualquer aspecto advinhatório.
ILÊ = casa, moradia, residência; por extensão, a palavra é usada para designar barracões onde se pratica o Candomblé.
JACI = Lua na fala de alguns caboclos, principalmente os de Oxóssi e Xangô.
LETRADO = indivíduo que tem estudo ou diploma.
LUA = corresponde ao período de um mês.
LUA GRANDE = corresponde ao período de um ano.
MACAIA = mata, lugar onde os guias (principalmente os da linha de Oxóssi) trabalham e os médiuns podem fazer oferendas e/ou “retiros” para, em contato com a natureza, readquirir forças psíquicas. Pode significar, também, as folhas dessa mata.
MACUMBA =  instrumento musical de percussão, espécie de reco-reco, de origem africana, que dá um som de rapa (rascante); e Macumbeiro é o tocador desse instrumento.
MANDINGA = originalmente, nome de um povo do norte da África e da língua falada por ele. Por extensão e deturpação de sentido, passou a determinar certas rezas ou “feitiçarias” que esse povo, como os brancos alegavam, deveria praticar. 
MARAFO OU MARAFA = pinga, caninha, cachaça.
MIRONGA = segredo, mistério, feitiço; conhecimento que alguns guias têm e usam para resolverem os problemas,
MORUBIXABA = no sincretismo das religiões afro-brasileiras é nome que se dá aos guias ou entidades que incorporam em médiuns que assumem a direção espiritual de um Templo de Umbanda.
OBI = fruto africano utilizado em alguns rituais, oferecido para agradar os Orixás e trazer benefícios a quem o oferece. 
ODU = destino. 
OFÁ = arco e flecha empunhados por médiuns incorporados com Oxóssi em suas danças nos terreiros. 
OLORUM = DEUS. 
ORI = designa a cabeça e, mais especificamente a coroa, o chacra coronal.
ORIXÁS – Senhores do Ori (cabeça), senhores da natureza, divindades que regem nossa evolução.
ORÔ = preceito, costume tradicional que é repetido em alguns rituais, como, por exemplo, na coroação do médium.
OTA = pedra de santo, pedra consagrada; às vezes os guias preparam “itas” que ficam ocultas no peji para proteção da casa. 
OXÊ = machado de Xangô; é um machado de dois gumes que pode ser feito de  madeira, cobre, bronze ou latão.
PADÊ – oferenda para Exu, é comum ser feita no início das sessões ou festas, constando de alimentos, bebidas, velas, flores etc, a fim de que se afastem as perturbações nas cerimônias. 
PATUÁ = talismã que se usa como forma de proteção. Em geral é uma espécie de saquinho feito de tecido virgem no qual se colocam elementos cruzados e “preparados” pelos guias: orações, guias de contas, búzios, dentes de animais, ervas, sal grosso, pedrinhas de cânfora ou de incenso. Costumam ser usados em correntes ou cordões, pendurados no pescoço.
PEJI = altar; local do terreiro destinado aos elementos materiais (imagens, velas, flores, ervas, pedras, armas simbólicas) que servirão de portal para captar e irradiar aos fiéis as energias positivas e o magnetismo vindos das divindades.
PERNA DE CALÇA = marido, namorado ou companheiro.
PITO = cigarro, charuto ou cachimbo que as entidades fumam para, por meio da fumaça, descarregar seus médiuns da carga negativa que possa vir dos consulentes. Os caboclos guardam esse hábito da pajelança indígena, ritual que foi acrescentado ao culto dos Orixás africanos. 
PONTEIRO = pequeno punhal utilizado em magias e em alguns rituais.
PROSEADO = conversa com os guias; em geral tem uma conotação de aconselhamento moral, admoestação. Não é uma conversa social em que se discutirão banalidades.
QUIZILA = antipatia, zanga, aversão, inimizade; muitas vezes, para não provocar quizila com os Orixás, os médiuns são obrigados a não ingerir certos alimentos. 
RABO DE SAIA = esposa, namorada ou companheira.
RISCADOR = pemba
RONCÓ = quarto de santo destinado à iniciação dos médiuns ou à realização de alguns rituais fechados (geralmente Candomblé)
SARAVÁ = usa-se como uma saudação nos terreiros, com o significado de “salve”, "seja bem-vindo", “salve sua força”. A palavra que lhe deu origem é SALVAR. Os escravos tinham dificuldade para pronunciá-la, e diziam “vamu salavar”, acrescentando uma vogal A depois do L. Sob a influência da fonologia banta, houve a troca da consoante L pelo R e a palavra passou a ser pronunciada “saravá”, com a perda do R final. Com o tempo, o verbo se tornou substantivo, como sinônimo de “culto”: hoje se diz: “vamos num saravá”.       
SINHAZINHA= criança do sexo feminino, menina-moça.
TOCO, PAVIO, LUZ = vela
TRABUCO / TRABAIDOR= trabalho, emprego, ganha-pão; TRABUCAR é trabalhar. 
TUPÃ = Olorum na fala alguns caboclos, principalmente os de Oxóssi e Xangô.
YABÁS = termo com o qual se designam as Orixás femininas: Oyá, Oxum, Obá, Yansã, Yemanjá, Nanã, Egunitá.
ZAMBI = Olorum

Fonte: http://pt.wikipedia.org 
www.colegiodeumbanda.com.br

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