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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
sábado, 19 de fevereiro de 2011
Dicionário Umbandista F-Z
FAZER A PASSAGEM = desencarnar.
FILÁ = originalmente feito de palha-da-costa, é o que recobre a cabeça de Omulu, de onde saem franjas que ocultam seu rosto. Atualmente, usa-se o termo para designar uma espécie de gorro ou lenço que o médium usa como proteção para seu ori.
FUNDANGA (ou TUIA, na linguagem dos caboclos) = pólvora quando usada para fazer descarrego. Por extensão, também se chama de fundanga o ritual em que a pólvora é queimada num círculo de fogo. A pólvora funciona como um acelerador de partículas, libera gases e corta os cordões fluídicos negativos, afastando das pessoas que estão dentro do círculo os elementos negativos e as larvas astrais que se desintegram na corrente elétrica criada. Por ser um elemento magístico poderoso, só pode ser utilizada por entidades que tenham a permissão para fazê-lo.
GAIOLA = apartamento; viver em gaiola significa morar num prédio de apartamentos.
GANGA = "nganga" é palavra de origem Kimbundo que significa mágico, feiticeiro ou vidente. Para os angola-congolenses é o chefe supremo, o Tata. O nome Ganga também denomina os chefes dos antigos terreiros cabindas.
GARRAFADA = mezinha (remédio caseiro) preparada pelos guias. Consiste em colocar ervas maceradas, raízes ou pedaços de cascas de plantas em garrafa (em geral de vinho branco licoroso) para que fique descansando por um certo tempo e depois seja ingerida pelo doente para a cura de determinados males. Às vezes os guias recomendam que a garrafada seja enterrada por alguns dias antes de ser consumida. Quando para uso externo, a poção pode ser feita em álcool de cereal.
HORA GRANDE = meia-noite; em oposição, costuma-se chamar de HORA PEQUENA ao meio-dia.
HOMEM DE BRANCO = médico, enfermeiro, pessoas ligadas à área da saúde.
IBI = lugar, chão, terra; por extensão de sentido pode ser usado como sepultura.
IBI = senhor do destino, da advinhação, divindade que rege sobre qualquer aspecto advinhatório.
ILÊ = casa, moradia, residência; por extensão, a palavra é usada para designar barracões onde se pratica o Candomblé.
JACI = Lua na fala de alguns caboclos, principalmente os de Oxóssi e Xangô.
LETRADO = indivíduo que tem estudo ou diploma.
LUA = corresponde ao período de um mês.
LUA GRANDE = corresponde ao período de um ano.
MACAIA = mata, lugar onde os guias (principalmente os da linha de Oxóssi) trabalham e os médiuns podem fazer oferendas e/ou “retiros” para, em contato com a natureza, readquirir forças psíquicas. Pode significar, também, as folhas dessa mata.
MACUMBA = instrumento musical de percussão, espécie de reco-reco, de origem africana, que dá um som de rapa (rascante); e Macumbeiro é o tocador desse instrumento.
MANDINGA = originalmente, nome de um povo do norte da África e da língua falada por ele. Por extensão e deturpação de sentido, passou a determinar certas rezas ou “feitiçarias” que esse povo, como os brancos alegavam, deveria praticar.
MARAFO OU MARAFA = pinga, caninha, cachaça.
MIRONGA = segredo, mistério, feitiço; conhecimento que alguns guias têm e usam para resolverem os problemas,
MORUBIXABA = no sincretismo das religiões afro-brasileiras é nome que se dá aos guias ou entidades que incorporam em médiuns que assumem a direção espiritual de um Templo de Umbanda.
OBI = fruto africano utilizado em alguns rituais, oferecido para agradar os Orixás e trazer benefícios a quem o oferece.
ODU = destino.
OFÁ = arco e flecha empunhados por médiuns incorporados com Oxóssi em suas danças nos terreiros.
OLORUM = DEUS.
ORI = designa a cabeça e, mais especificamente a coroa, o chacra coronal.
ORIXÁS – Senhores do Ori (cabeça), senhores da natureza, divindades que regem nossa evolução.
ORÔ = preceito, costume tradicional que é repetido em alguns rituais, como, por exemplo, na coroação do médium.
OTA = pedra de santo, pedra consagrada; às vezes os guias preparam “itas” que ficam ocultas no peji para proteção da casa.
OXÊ = machado de Xangô; é um machado de dois gumes que pode ser feito de madeira, cobre, bronze ou latão.
PADÊ – oferenda para Exu, é comum ser feita no início das sessões ou festas, constando de alimentos, bebidas, velas, flores etc, a fim de que se afastem as perturbações nas cerimônias.
PATUÁ = talismã que se usa como forma de proteção. Em geral é uma espécie de saquinho feito de tecido virgem no qual se colocam elementos cruzados e “preparados” pelos guias: orações, guias de contas, búzios, dentes de animais, ervas, sal grosso, pedrinhas de cânfora ou de incenso. Costumam ser usados em correntes ou cordões, pendurados no pescoço.
PEJI = altar; local do terreiro destinado aos elementos materiais (imagens, velas, flores, ervas, pedras, armas simbólicas) que servirão de portal para captar e irradiar aos fiéis as energias positivas e o magnetismo vindos das divindades.
PERNA DE CALÇA = marido, namorado ou companheiro.
PITO = cigarro, charuto ou cachimbo que as entidades fumam para, por meio da fumaça, descarregar seus médiuns da carga negativa que possa vir dos consulentes. Os caboclos guardam esse hábito da pajelança indígena, ritual que foi acrescentado ao culto dos Orixás africanos.
PONTEIRO = pequeno punhal utilizado em magias e em alguns rituais.
PROSEADO = conversa com os guias; em geral tem uma conotação de aconselhamento moral, admoestação. Não é uma conversa social em que se discutirão banalidades.
QUIZILA = antipatia, zanga, aversão, inimizade; muitas vezes, para não provocar quizila com os Orixás, os médiuns são obrigados a não ingerir certos alimentos.
RABO DE SAIA = esposa, namorada ou companheira.
RISCADOR = pemba
RONCÓ = quarto de santo destinado à iniciação dos médiuns ou à realização de alguns rituais fechados (geralmente Candomblé)
SARAVÁ = usa-se como uma saudação nos terreiros, com o significado de “salve”, "seja bem-vindo", “salve sua força”. A palavra que lhe deu origem é SALVAR. Os escravos tinham dificuldade para pronunciá-la, e diziam “vamu salavar”, acrescentando uma vogal A depois do L. Sob a influência da fonologia banta, houve a troca da consoante L pelo R e a palavra passou a ser pronunciada “saravá”, com a perda do R final. Com o tempo, o verbo se tornou substantivo, como sinônimo de “culto”: hoje se diz: “vamos num saravá”.
SINHAZINHA= criança do sexo feminino, menina-moça.
TOCO, PAVIO, LUZ = vela
TRABUCO / TRABAIDOR= trabalho, emprego, ganha-pão; TRABUCAR é trabalhar.
TUPÃ = Olorum na fala alguns caboclos, principalmente os de Oxóssi e Xangô.
YABÁS = termo com o qual se designam as Orixás femininas: Oyá, Oxum, Obá, Yansã, Yemanjá, Nanã, Egunitá.
ZAMBI = Olorum
Fonte: http://pt.wikipedia.org
www.colegiodeumbanda.com.br
domingo, 13 de fevereiro de 2011
Dicionário Umbandista A-E
Dicionário Umbandista
Abaixo definições de alguns termos usados nas giras de Umbanda
ADJÁ = espécie de sineta, às vezes múltipla (tem de 1 a 7 bocas), tocada nos rituais pelos pais-de-santo com a finalidade de invocar entidades e Orixás, seja para que venham participar dos trabalhos, seja para que atendam a algum pedido. É usado também para induzir os médiuns ao transe.
AGÔ = pedir agô é pedir licença, pedir permissão para realizar algo, pedir perdão.
AJEUM = comida servida dentro do terreiro.
ALGUIDAR = vasilha de barro utilizada pelos guias para a realização de alguns trabalhos como acender velas, consagrar guias de contas etc.
AMACI = líquido preparado com ervas e água procedente de variadas fontes, usado para dar firmeza aos médiuns. As ervas costumam ser maceradas e ficam em repouso numa vasilha de louça por algum tempo (o tipo da erva e o tempo que devem ficar maceradas depende de cada Orixá). O poder das ervas e a força do ritual (colocação das ervas no ori do médium) propiciam uma conexão mais direta com o Orixá correspondente.
AMALÁ = oferenda
ARUANDA = Infinito, céu, morada do criador, plano espiritual mais elevado; nome dado ao local onde estão os guias que trabalham na Umbanda.
AXÉ = força, energia, poder. Pode ser a energia que está nos elementos puros da natureza ou a que está concentrada dentro de um terreiro, trazida pelos guias que ali trabalham (que formam a egrégora da casa) e pelos objetos mágicos utilizados, incluindo os fundamentos que, em geral, se encontram enterrados sob o solo do terreiro.
BABALORIXÁ = pai-de-santo, chefe do terreiro, sacerdote; quando o dirigente é mulher deve-se usar YALORIXÁ.
BANZO = sentimento de saudade que os escravos sentiam de sua terra natal; nostalgia. Atualmente os pretos velhos usam a expressão para designar um estado emocional aproximado de depressão.
BARRACO, BURACO ou CAZUÁ = casa, residência da pessoa; pode ser usado também para designar um local qualquer, inclusive o próprio terreiro.
BATER PAÔ = bater palmas para despertar energias e chamar entidades. Maneira de apresentar-se ao Orixá para dizer: “aqui estou para reverenciá-lo; olhe por mim!”
BORI = ritual, em geral do Candomblé, no qual o médium oferece sua cabeça ao orixá.
BORÓ Também usado como sinônimo de dinheiro, assim como “PATACO”; “JIMBA” ou “JIMBO”; “PLATA” (no caso dos ciganos) ou “PRATA”; “COBRE”. Há inúmeras formas pelas quais os guias se referem à moeda corrente.
BURRO = modo como alguns guias (em geral os Exus) chamam seus médiuns. Estes são chamados também de CAVALO ou (no kardecismo) de APARELHO. Em todos os casos, a ideia é a de alguém que empresta seu corpo para ser utilizado por uma entidade que precisa realizar um trabalho espiritual.
CADINHO = presente, agrado.
CALUNGA PEQUENA= cemitério; também chamado de CAMPO SANTO.
CALUNGA GRANDE = mar, considerado o grande cemitério da humanidade.
CAMARINHA= espaço existente em alguns terreiros que tem como finalidade abrigar os médiuns em suas obrigações, em certos rituais, como a feitura de santo, por exemplo. Em geral é um compartimento isolado, para que o médium possa ter tranqüilidade ao realizar suas obrigações ou meditações.
CANJERÊ = reunião de pessoas para a prática de cerimônias religiosas africanas, em geral para praticar o que os homens brancos chamavam de “feitiçaria”. O termo também é utilizado para designar uma dança nos moldes africanos.
CANJIRA = filho homem.
CASA GRANDE = hospital, clínica médica.
CATIRA = espécie de dança que lembra os movimentos rítmicos dos primitivos africanos. É mais praticada na zona rural: os dançarinos, em fileiras opostas, cantam e batem o pé para marcar o ritmo.
CHAMEGO, DENGO = carinho, namoro, relações sexuais.
COITÉ = cumbuca feita originalmente de uma cabaça cortada ao meio no sentido horizontal; hoje é feito de casca de coco seco.
CONGÁ = área do terreiro onde se praticam os rituais, fica separada da assistência.
CORRE-CORRE = veículo, automóvel, também chamado de pé de borracha.
CRUZAR = feito com os dedos, objetos materiais, é também fazer cruzes com a pemba na testa, nuca, mãos e pés do médium com a finalidade de protegê-lo ou de auxiliá-lo na ligação com as falanges que vão tomar conta dos trabalhos. O cruzamento também pode ocorrer no chão do terreiro, com a finalidade de trazer segurança aos trabalhos. Esse ritual é feito pelo dirigente, sob a irradiação de um ponto especificamente cantado para isso
CUBATA = casa muito simples, choça ou choupana.
CURIAR = comer ou beber.
DJACUTÁ = originalmente é uma das qualidades de Xangô e refere-se à sua capacidade de arremessar pedras e raios. Por extensão de sentido, designa a força de determinadas pedras, consagradas com fins de dar firmeza ao médium e facilitar o recebimento de boas vibrações.
EBÓ = alimento ritualístico que é oferecido aos Orixás, podendo ser uma oferenda para agradar-lhe ou algo que vai servir como despacho para limpar energeticamente uma pessoa. Os alimentos, em geral, são passados pelo corpo da pessoa que está sendo tratada.
ENGOMA = é o conjunto de instrumentos que formam a música do terreiro
EGUM = é o morto, cultuado pelos africanos (iorubanos, grupo ético da Nigéria); nas giras, costuma-se chamar de egum ao espírito desencarnado que vaga, sem conseguir atingir evolução no mundo astral.
ELEDÁ = entidade protetora de uma pessoa, sincretizada, aqui no Brasil, com o Anjo da Guarda da cultura cristã.
ENCOSTO = espírito de desencarnado que se aproxima e “encosta” nas pessoas, trazendo-lhe prejuízos emocionais, espirituais e materiais, além de abalar a saúde (uma vez que suga as energias) da pessoa que está sendo vampirizada.
ENTREGA = local para a oferenda, despacho.
ESCREVINHADOR ou ESCREVEDOR= lápis, caneta, qualquer coisa que escreva.
Fonte: http://pt.wikipedia.org
www.colegiodeumbanda.com.br
domingo, 6 de fevereiro de 2011
Mistério Pombagira Menina
Meus irmãos, muito me perguntam sobre o Mistério Pombagira Menina, e um ponto um tanto quanto obscuro para nós Umbandistas, abaixo esta o texto que melhor aborda esse mistério, do Mestre Rubens Sarceni , reirado do site: http://www.colegiodeumbanda.com.br
O MISTÉRIO POMBAGIRA MIRIM
Devido o pedido de muitas pessoas que receberam os textos sobre os eres e exu mirim, vou discorrer de forma livre sobre a linha das pombagiras mirins, seres encantados tão desconhecidos quanto os exus mirins.
Todos os mistérios da Criação divina sempre mostram-se aos pares ainda que nem sempre isso nos seja visível porque desconhecemos quase tudo sobre eles.
No caso de algumas linhas isso já esta se mostrando e nem nos damos conta do que esta tão visível.
Se não, então vejamos:
Exu do Lodo - Pombagira do Lodo
Exu Veludo - Pombagira Veludo
Exu do Cemiterio - Pombagira do Cemiterio
Exu Sete Encruzilhadas - Pombagira Sete Encruzilhadas
Exu Sete Capas - Pombagira Sete Véus
Exu Cigano - Pombagira Cigana
Exu das Matas - Pombagira das Matas
Exu das Sete Praias - Pombagira das Sete Praias
Exu Navalha - Pombagira Navalha
Exu João Caveira - Pombagira Rosa Caveira, etc..
Nas linhas da direita acontece a mesma bipolarização mas são menos visíveis, até porque quando o caboclo é ativo e (incorporante) a cabocla é passiva (não incorporante) ou seu nome simbólico é diferente do dele, fato esse que dificulta a identificação dos pares de guias da direita.
Pai João do Congo forma par com Mãe ou Vovó Maria Conga.
Pai João do Cruzeiro forma par com Mãe Maria das Almas.
Pai João de Angola forma par com Vovó Maria do Rosario. Etc..
Caboclo das Matas - Cabocla Jurema.
Caboclo Pena Branca - Cabocla Guaraciara.
Caboclo Sete Ondas - Cabocla Yara. Etc..
Bom paremos por aqui senão iremos revelar algo ainda fechado no tocante às linhas da direita, certo?
O fato é que existe toda uma Dimensão da Vida localizada a sete graus à esquerda da Dimensão Humana da Vida, escala essa que é horizontal e cada um dos seus graus contem todo um universo em si mesmo, dentro do qual desemboca toda uma Realidade Divina que começa no interior de Deus, dentro de uma de suas Matrizes Geradoras de Vidas, vidas essas que são geradas aos pares (masculino e feminino).
Portanto, existem 77 dessas Dimensões da Vida que desembocam nesse nosso abençoado planeta e a humana é a de número 21 na escala magnética divina horizontal.
A de nº 20 é a habitada pelos seres naturais regidos pelo Orixá Exu e a de nº 22 e habitada pelos seres naturais regidos pelo Orixá Ogum, só para que entendam essa escala divina, certo?
Todos os graus abaixo de 21 são classificadas como negativas e as acima são classificadas como positivas.
A partir da compreesão desse mistério intra-planetário então podemos discorrer sobre o mistério Pombagira Mirim pois assim como essa Matriz Divina gera Exu Mirim, também gera um ser feminino em tudo análogo a ele (em poderes e mistérios) e que também se manifesta na Umbanda quando lhe é possível ou permitido, sendo muito comum elas se apresentarem como Pombagiras Meninas.
Em outros casos, apresentam- se como Pombagira Mariazinha (diminutivo de Maria Molambo ou Padilha), etc..
É claro que em um médium só se apresentará um Exu Mirim e a Pombagira Mirim será passiva (não incorporante). Já em uma médium tanto pode incorporar o Exu Mirim quanto a Pombagira Mirim, mas nunca os dois serão ativos e, ou será ele ou será ela que sempre incorporará e trabalhará nas giras de atendimento ao público.
Mas isso não quer dizer que não possa incorporar esporadicamente tanto o exu quanto a Pombagira Mirim em uma gira fechada ( não aberta ao publico).
E antes que alguém pergunte qual é a oferenda para elas, saibam que é igual às das Pombagiras adultas.
É claro que aqui só comentei um pouco sobre as Pombagiras Mirins e há muito mais sobre elas, mas vou parar por aqui senão terei que escrever um livro só sobre esse mistério da Umbanda, certo?
Pai Rubens Saraceni
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